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Mediação Cigana: Unidade Local de Saúde São José denuncia impossibilidade de contratação de Mediadores Ciganos

  • Foto do escritor: Letras Nómadas
    Letras Nómadas
  • 14 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

Notícia da Agência Lusa no Canal S+


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| Fotografia da capa da notícia da Agência Lusa, no Canal S+ |

Divulgamos a notícia da Agência Lusa, através do Canal S+, que nos fala sobre as dificuldades que a Unidade Local de Saúde São José, em Lisboa, apresenta na contratação de mais mediadores ciganos. A denúncia vem de Paulo Espiga, membro do conselho de administração da Unidade Local de Saúde São José, que diz que, apesar de existir uma enorme necessidade de contratar mais mediadores interculturais ciganos, tal contratação é impossibilitada pelo facto da carreira de mediador intercultural não ser ainda reconhecida. «(...) “Eu tenho que saber respeitar o espaço dos outros e ter um mediador, ter o Bruno neste caso, é algo que vai além desta questão do comportamento porque estamos a falar de uma população, os portugueses de etnia cigana, que têm um nível de literacia em saúde muito inferior à média”, observou Paulo Espiga.

Salientou que em causa estão o nível de educação e de pobreza, que “trazem resultados em saúde e níveis de saúde muitíssimo baixos”.

“Estas pessoas estão em desvantagem logo à partida”, alertou, apontando que todas as pessoas têm necessidades, mas que às vezes é preciso acautelar respostas diferentes para ter as necessidades de todos supridas.

Exemplo disso, apontou Paulo Espiga, está no facto de a unidade ter um mediador sociocultural cigano, cuja função é exatamente a de fazer a ponte entre as pessoas ciganas e os diferentes serviços hospitalares, orientando-as e ajudando-as a compreender como é que tudo funciona.

“É absolutamente essencial termos um mediador porque de facto tira esta diferença, esta desvantagem que as pessoas tinham à partida e que muitas vezes gerava conflitos”, defendeu, referindo que as pessoas chegam aos hospitais ansiosas e com medo, o que ajuda a gerar conflito pela “instabilidade emocional muito grande”. (...) Segundo Paulo Espiga, os únicos quadros de pessoal que consideram mediadores ciganos são os do Ministério da Educação e das autarquias, que são autónomos, apontando que terá de ser a entidade responsável pelo emprego público “a prever que nos quadros de pessoal, neste caso da saúde, possam existir mediadores” e desbloquear a atual situação.

E lembrou que a necessidade fala por si, já que outros hospitais de Lisboa frequentemente pedem que este mediador os ajude, o que demonstra que “há uma necessidade”.» Leia a notícia na íntegra: https://www.saudemais.tv/noticia/48961-unidade-local-de-saude-sao-jose-denuncia-impossibilidade-de-contratar-mediadores-ciganos

 
 
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