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Rasgando estereótipos: Homo Sacer no palco contra o anticiganismo

  • Foto do escritor: Letras Nómadas
    Letras Nómadas
  • 14 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de fev. de 2024

Reportagem de Carolina Franco na Revista Shifter


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| Capa da reportagem da revista Shifter sobre a peça de teatro "Homo Sacer", Fotografia de © Bruno Simão |


Divulgamos a reportagem de Carolina Franco na revista Shifter sobre a peça de teatro "Homo Sacer", uma encenação conjunta de Teresa V. Vaz e Maria Gil, atriz cigana, que integra a Odisseia Nacional do Teatro Nacional D. Maria II. Uma peça a não perder. «(...) O que os junta é Homo Sacer, encenação conjunta de Teresa V. Vaz e Maria Gil, que integra a Odisseia Nacional do Teatro Nacional D.Maria II. Não é uma coincidência que partilhe o nome com “Homo Sacer e os Ciganos”, livro de Roswitha Scholz editado em Portugal pela Antígona em 2014 — serve-lhe de ponto de partida e inspiração. Mas não foi bem por aí que a ideia para Homo Sacer apareceu; foi através da experiência de Teresa professora de atividades extra-curriculares em escolas públicas na zona de Lisboa, que surgiu o ímpeto de falar sobre o anticiganismo, depois de assistir a alguns episódios que a “começaram a inquietar”. Mais tarde, teve conhecimento de um estudo sobre discurso de ódio que a irmã de uma amiga estava a desenvolver. O que mais a surpreendeu foi saber que existia um anticiganismo generalizado e que a percepção dominante era de que os cidadãos ciganos eram migrantes. Uma percepção contrariada pelos factos, uma vez que, por exemplo no caso português, há registos de pessoas ciganas há séculos. (...) “É uma coisa que eu já estava habituada a fazer desde criança, em todo o meu percurso. Tentar camuflar-me, não dar muito nas vistas, não falar sobre os meus pais, não falar sobre a minha família. Acho que é mesmo importante as pessoas serem o mais honestas possível com elas mesmas. Quando eu comecei a sê-lo, muitas coisas na minha vida começaram a aparecer. Este projeto apareceu”, partilha Kali Musa. Vasco explica que nem sempre é sobre tentar esconder, mas sobre tentar adaptar-se à sociedade para viver com o mínimo de constrangimentos possível. “Era sobre tentar passar um bocadinho ao lado, não expressar claramente. Acaba por ser sempre uma coisa externa que nos faz sentir mal com isso”. Vasco Lello, Kali Musa e Maria Gil, com a Bestiário, mostram que já não é tempo de esconder. É tempo de mostrar, tornar visível, celebrar. E se Homo Sacer não vai milagrosamente resolver um problema estrutural de representatividade e representação cigana, vai, pelo menos, desarrumar os conceitos anticiganistas também presentes na instituição Teatro e provar que pode ser diferente; tem de ser diferente. No palco como na vida.» Leia a reportagem completa: https://shifter.pt/2024/02/em-homo-sacer-bestiario-e-maria-gil-nomeiam-a-norma-e-celebram-a-pluralidade-cigana/



 
 
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