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Da História à Mudança: Diálogo com Bruno Gonçalves sobre as comunidades ciganas em Portugal

  • Foto do escritor: Letras Nómadas
    Letras Nómadas
  • 16 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Reportagem no Jornal do Centro


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| Fotografia da apresentação do documentário "A História e Cultura Cigana", divulgada nas redes sociais da Associação Olho Vivo |


Partilhamos a entrevista conduzida pelo Jornal do Centro a Bruno Gonçalves, Vice-Presidente da Letras Nómadas - Associação de Investigação e Dinamização das Comunidades Ciganas, realizada no âmbito da apresentação dos seus livros, editados pela nossa associação, e da pre-estreia do documentário "A História e Cultura Cigana" a convite da Associação Olho Vivo, no passado dia 6 de abril, no Carmo'81 em Viseu. Na entrevista, Bruno destaca a importância do conhecimento mútuo para a luta contra o preconceito e para a promoção da convivência. Diz que os fantasmas do preconceito persistem e salienta que a mudança é geracional e que requer paciência, apontando para os filhos de Abril como a esperança.


Além da entrevista, o artigo do Jornal do Centro resume ainda alguns dos conteúdos dos livros de Bruno Gonçalves e do documentário da associação Letras Nómadas, que foram o mote deste evento da Associação Olho Vivo. «(...) Para o autor de dois livros que dão a conhecer a história desta etnia, e que recentemente esteve em Viseu a apresentá-los, é preciso “conhecimento”, pois só assim se poderá conviver. “A convivência vem pelo conhecimento, se nos conhecermos bem talvez a convivência seja melhor. Não temos que coexistir, temos que conviver”, sublinhou. Bruno Gonçalves admite que há muitos “fantasmas” relacionados com a comunidade cigana e que isso também não ajuda a que os estigmas caiam por terra, mas lembra que “comportamentos não definem uma comunidade, que é muito mais do que esses fantasmas”. “Há ventos que sopram em contrário, há fantasmas que pairam no ar, mas somos muito mais do que isso. É importante termos pessoas que resistem e insistem na sociedade multicultural”, frisou. No entanto, destacou Bruno Gonçalves, muito se tem feito e “as mentalidades mudam”, para ambos os lados. “Somos uma comunidade que foi forçada a ser nómada, com as leis repressivas e, por isso, os pontos de partida não podem ser iguais. Há necessidade de as pessoas terem um pouco de paciência, mas não têm e as mentalidades não se mudam de um dia para o outro, é geracional, demora gerações”. E nesta mudança, os filhos da liberdade também são o “segredo”. “Temos filhos de Abril e os filhos de Abril vão ter que nos ensinar que temos que lutar. A democracia é muito jovem, mas temos que lutar por ela. Hoje, o espetro político diz-nos que temos uma ameaça, mas vamos vencer”. Já questionado sobre políticas de apoio à comunidade, Bruno Gonçalves lamenta que “em 500 anos, tenha havido apenas uma política direcionada para as comunidades ciganas, que é a Estratégia Nacional para as Comunidades Ciganas, de 2013”, lembra ainda a necessidade de terem um “gabinete” próprio, saindo da alçada da Agência para a Integração Migrações e Asilo. “Costumo dizer que é melhor ter do que não ter, mas vou lutar com todas as forças para que continue a haver diálogo com o Governo, como sempre houve”. (...)» Leia a entrevista na íntegra em: https://jornaldocentro.pt/noticias/diario/de-nomadas-a-resistentes-os-roma-tambem-sao-filhos-da-liberdade

 
 
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