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“Podemos ser tudo o que quisermos ser, sem deixar de ser o que somos!” Olga Mariano

  • Writer: associacaoletrasno
    associacaoletrasno
  • Oct 5
  • 2 min read

Nasceu em Évora, em 1950. É mediadora sociocultural, ativista pelos direitos da comunidade cigana e poeta portuguesa Roma. É formadora de história e cultura ciganas. É Presidente da Associação Letras Nómadas (Promoção da educação e da empregabilidade das comunidades ciganas em Portugal), sócia-fundadora da Associação Agarrar Exemplos (Desenvolvimento e Promoção das Comunidades Ciganas) e cofundadora da AMUCIP (Desenvolvimento das Mulheres Ciganas Portuguesas).

É autora dos livros Poemas desta Vida Cigana (2000), Festejando a Vida (2002) e Inquietudes (2003) pela RealImo, Setúbal. Prefaciou a obra Mulheres Romani: Rostos e Identidades (AMSK, Brasil, 2017). Em 2021, foi publicada a coletânea Pedaços de Mim, que juntou os poemas dos três primeiros livros e originais. 

Tem sido uma das vozes mais respeitadas no país no combate ao anticiganismo e na promoção da participação cívica e política das pessoas ciganas.

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Participa frequentemente em debates públicos, conferências e formações sobre igualdade, discriminação e políticas públicas.

Defende o acesso à educação, emprego e habitação como pilares fundamentais da inclusão.

Trabalha ativamente para dar visibilidade às mulheres ciganas e combater os estereótipos que recaem sobre elas.

🟢 Frase que reflete o seu trabalho:

“Podemos ser tudo o que quisermos ser, sem deixar de ser o que somos!”

Um dos poemas mais conhecidos da autora:

Ser Cigano

Ser cigano é ser diferente

É como a água a correr

Cristalina e luzidia

Qual riacho a percorrer.

As margens, que mãos tão frias!

O leito, acolhedor

O afluente é a alegria

O desaguar é o prazer.

Será que é compreendido?

O seu andar bamboleante

Quais ondas em maré fria

Qual noite escura e sombria

Que não vês a luz do dia

Até ao amanhecer.

Ser cigano é ser diferente

Ser cigano é ser artista

Pois tudo o que faz, não faz

E tudo o que quer, não quer.

Como será o futuro?

Que futuro nós teremos?

Com tanto para lutar

Sem nunca nos apercebermos

Que difícil e triste realidade

Um dia se esquecerá.

E as batalhas que perdemos!

Mas perder uma batalha

Não é perdermos a guerra

E como trabalhadores e diferentes que somos

Nós juntamos nossas mãos

E com força e harmonia

Carinho e simpatia

Um dia, não muito longe

O sol nos alumia

E como tudo tem um nome

O nosso é alegria.

 
 
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