A bailarina portuguesa “orgulhosamente cigana” que se tornou musa de Gaultier

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Kali Musa é uma bailarina e modelo cigana portuguesa que se afirma pela fusão entre tradição e modernidade. Desde cedo apaixonada pela arte do movimento, desenvolveu um estilo próprio que combina influências da dança cigana, do flamenco e de expressões contemporâneas.

O gosto pela dança já estava presente na sua vida durante a infância. No entanto, em Viana do Castelo, onde cresceu, não existiam escolas próprias, e andou em academias mais informais onde aproveitava para “aprender o máximo que conseguia”.

Acabou por seguir um percurso tradicional e formou-se em design de produto. No final, percebeu que era em cima do palco que se sentia bem e decidiu mudar de carreira. Apesar do receio, os pais apoiaram a decisão e ajudaram-na a pagar vários workshops pela Europa.

A bailarina e modelo portuguesa tem 30 anos, e estudou em Nova Iorque, nos EUA. Nesse período, começou a ganhar confiança em cima dos palcos e nunca mais parou. A paixão pela dança levou-a a fazer parte do musical de Jean Paul Gaultier, “Fashion Freak Show”, que passou por Portugal entre os dias 8 e 18 de novembro.

Enquanto modelo, tem participado em desfiles, sessões fotográficas e projetos culturais que promovem a diversidade e a representatividade das mulheres ciganas na arte e na moda. O seu trabalho reflete uma constante busca por equilíbrio entre a herança cultural e a expressão individual, tornando-se um símbolo de orgulho, força e autenticidade.

Kali Musa utiliza a dança e a imagem como meios de afirmação identitária e diálogo intercultural, contribuindo para desconstruir estereótipos e inspirar novas gerações a valorizarem as suas raízes e talentos.

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